O mestre divertia-se entre os convidados e com certeza partilhava da alegria dos noivos quando de repente é abordado por sua mãe. Jesus temos um problema! Faltou vinho.
Agora pense e reflita sinceramente, como você reagiria se o problema fosse apresentado para que você tivesse que dar um jeito, como se sentiria, qual seria a sua reação?
Bem, eu tentaria convencer a minha mãe de que isso não é um problema meu e muito menos dela, pois nós somos apenas convidados e não trabalhadores do buffet. Afinal a bebida, a comida e tudo mais na festa é de responsabilidade ou dos anfitriões ou como já disse do buffet.
Poderia ainda argumentar que aquele era meu momento de lazer, afinal eu fora convidado para me alegrar e não para solucionar problemas dos outros. Enfim tentaria me livrar do problema, passar a bola adiante.
Talvez você me ache insensível, mas eu apenas estou sendo transparente, autêntico. E dou graças a Deus, se neste caso, a sua reação for diferente da minha.
No entanto vejamos como o nosso Mestre agiu, aprendamos com ele uma lição de amor e sensibilidade.
Quando Maria apresenta o problema para Jesus ele deu-lhe uma resposta a qual muitos não entendem claramente. V.3 Jesus diz: "que tenho eu contigo mulher?"
O mestre embora pareça ríspido em suas palavras não o é, pelo contrário, ao chamar Maria de Mulher ; ele a trata com muita sensibilidade e honra. Ao chamá-la de Mulher (palavra especifica para se referir a uma mulher, em especial a mulher casada), Jesus quis ensinar a sua mãe que ela não tinha autoridade sobre o ministério do Messias e que naquele momento sua autoridade de mãe não poderia influenciá-lo a agir em favor de sua petição.
Interessante notar que Jesus não chama Maria de Mãe, mas de mulher.
Maria personaliza o típico ser humano que necessita da ajuda do mestre para solucionar seus problemas. Ela também simboliza os intercessores que pedem a Deus em favor dos outros. Porém Maria sabe quem realmente Jesus é. Ela sabe do seu poder e da capacidade sobrenatural que ele tem para lidar com os casos impossíveis.
O que tenho eu a ver contigo... Jesus esclarece sua relutância em tomar partido na petição da mulher (sua mãe), ela estava pedindo que ele se manifestasse ao mundo. Por isso ele lhe diz: ainda não chegou a minha hora. Agora podemos perceber a dimensão do pedido de Maria, ela estava pedindo simplesmente que o Messias se manifestasse ao mundo. E como ele faria isso? Curando uma pessoa? Ressuscitando um morto? Expulsando um demônio? Não! Transformando água em vinho para servir uma festa de casamento.
Já pensou se alguém pedisse para você (o messias) fazer um milagre desse tipo? Qual seria sua reação? Provavelmente diríamos "olha eu sou o salvador do mundo, sou santo e tenho apenas três anos para realizar a maior obra de toda historia da humanidade e, você quer que eu gaste meu tempo resolvendo problemas de bebida num casamento, tenha paciência"
O pedido de Maria era embaraçoso, pois pedia vinho para a festa e, não era pouco vinho não, calcula-se que Jesus transformou cerca de mais de 500 litros de água em vinho. O que você acha disso?
É exatamente aqui que o mestre mostra-nos seu caráter, sua capacidade de lidar com as situações pensando não no melhor para si mesmo, mas no melhor para todos.
O que estava em jogo?
A preocupação de sua mãe em vistas do problema detectado. Afinal Maria foi quem detectou o problema e foi ela quem procurou solucioná-lo, mesmo que para isso tenha apelado para o poder Jesus. Se Jesus tivesse simplesmente rejeitado a intercessão de Maria, ele teria dado provas de que os sentimentos e preocupações de sua Mãe não eram tão importantes para ele. Imagine você apresentando um problema grave para a única pessoa que poderia resolvê-lo e, esta pessoa simplesmente dizer que não tem nada a ver com isso. Como você reagiria?
Ele resolveu definitivamente o problema e continuou na festa se divertindo junto com todos, sem cara feia, sem murmurações.
Até a próxima.
De seu irmão em Cristo, Marcus Vinicius.