02/08/2009

FECHE OS OLHOS

Feche seus olhos para enxergar o que realmente é importante.

Salmos 131:1 Cântico dos degraus, de Davi SENHOR, o meu coração não se elevou nem os meus olhos se levantaram: não me exercito em grandes assuntos, nem em cousas muito elevadas para mim.2 De certo fiz calar e sossegar a minha alma: qual criança desmamada, para com sua mãe, tal é a minha alma para comigo.3 Espere Israel no SENHOR, desde agora e para sempre.

O coração é a sede dos desejos, das vontades, se cobiçamos algo é porque nossos olhos a desejam e nosso coração por ela se encantou. Os olhos são as janelas pelas quais o Espírito Humano que é imaterial e eterno se relaciona com o mundo finito e material. Duas dimensões completamente diferentes uma da outra Espírito X carne, Eterno X Finito são reais para o homem natural. Vivemos um dilema diário, pois sabemos que nossa pátria não é aqui e, aspiramos nossa morada celeste, mas nos deparamos com uma realidade contrária a esta nossa consciência espiritual. Enquanto peregrinamos por esta terra de meu Deus, sentimos o desejo de possuir grandes coisas e, nossos olhos maus se deleitam com os prazeres e os encantos mil que os fascinam. Por isso nossa vida torna-se tão instável, por não conseguirmos pender de vez para o lado certo, o espiritual. Nossa alma quer se aproximar de Deus incessantemente, mas nossa carne dEle se afasta continuamente, atraída pelos desejos carnais. Portanto nossa insatisfação (o almejar coisas grandes) torna-se um empecilho a nossa vida diária com Deus.

Será que há uma saída para este dilema (Espírito X Carne)?

Sem dúvidas que sim, porém ela passa pelo auto esvaziamento, pela aniquilação dos desejos dos olhos e da cobiça do coração. O caminho para uma vida de contínuo relacionamento e regojizo junto à pessoa de Deus é o caminho da simplicidade. Não precisamos de tudo que vemos e, na maioria das vezes o que nosso coração deseja é somente um engodo para preencher o grande vazio que sentimos por não nos relacionarmos de verdade com Deus. Quando nosso relacionamento com Deus vai mal, nosso coração e olhos suprem esta deficiência nos oferecendo "suas bijouterias e seus pasteis de vento" (coisas que são bonitas por fora, mas sem conteúdo). Nossa vida não pode mais ser vivida, a partir daquilo que é estético. O que vemos quase sempre mostra uma verdade aparente, enganadora. O que nos impulsiona é contrario a expectativa de nossos olhos e aos desejos de nossos corações. Lembremo-nos que esperamos por Deus (Jesus) que voltará e Nunca o vimos; esperamos por uma nova terra e novos céus, onde habita a justiça, onde não há choro, nem dor, e os quais nunca vimos e nem sequer sabemos que forma terá. Possuímos dentro de nós o Santo Espírito de Deus que embora preencha nosso ser é invisível. Como disse o padrão que deve nos guiar é o das coisas que esperamos e ainda não vemos e, não das "coisas" que enchem nossos olhos com sua aparente beleza.

Davi Abre seu coração diante de Deus e, diz que seu coração e seus olhos estão livres da arrogância (coisas grandes). Para Davi tudo o que lhe basta é depender do Senhor como uma criança depende de sua mãe. A coisa mais natural do mundo é que a mãe ao ver seu filho com fome (necessidades), sem que este precise alardear, supra-lhe as carências só para vê-lo sossegado. Embora Deus não nos dê tudo o que nossos olhos e coração desejem, Ele sabe exatamente quais as nossas reais necessidades e, estas Ele sempre supri, nos aquietando.

A alma de Davi tem prazer no relacionamento que mantém com Deus, este relacionamento é tão poderoso que faz com que ela nada mais queira além de se deleitar nos braços de Deus, regalando-se nos cuidados, amor e providencia deste Pai maravilhoso. Esta alma não precisa de grandes coisas para viver, até porque já "possui" aquilo que é maior que a soma de tudo que seus olhos e coração possam desejar. Ela tem a Deus, ou melhor, é possuída por Ele.

Porém assim como em Israel, nação grande e numerosa, nem todos mantinham este relacionamento de satisfação impar com a pessoa de Deus; da mesma forma hoje vive a humanidade pós moderna. Embora esta sociedade viva uma era de ouro, pois nunca se viveu com tantos recursos a disposição nas mais diversas áreas (informática, mecânica, alimentícia, medicina, engenharia, cosmética, habitacional, saúde e por ai vai…), vemos claramente que é uma sociedade que vive uma felicidade parcial. Cuja alegria é como uma ampulheta que se alimenta de pequenos grãos de areia na esperança de um dia ser feliz de verdade. E, como espera ser feliz? Pelo que seus olhos e corações cobiçam, desejam. Triste utopia, nada há que estando fora de nós mesmos possa nos trazer a felicidade ou a completude, sem Deus tudo é tão cinza, desbotado e sem graça. Israel foi convidado pelo salmista para esperar no Senhor. No entanto esta espera começava no momento do convite e, se estendia até a eternidade (para sempre). Nós também precisamos esperar no Senhor não somente com expectativas ao que é eterno, para sempre, mas se não vivermos, o agora, nesta esperança, neste contentamento, jamais seremos felizes de verdade. Precisamos deixar de lados nossas ambições egoístas para encontrar contentamento no Senhor de nossas almas. Afinal de contas este mundo vai passar bem como seus objetos de desejo, mas o nosso Deus é eterno, fonte perene de proteção, cuidado, alegria, para aqueles que ousam fechar seus olhos e, como crianças satisfeitas desancam sem medo nos braços de Deus.

Não se iluda, assim como o peixe morre pela boca a tendência humana é morrer pelos olhos e pelo coração! Esta é a hora de reavaliarmos os objetos de nosso desejo e ver se eles não estão nos impedindo de ver o que é realmente importante (DEUS).

Para Refletir: "NÃO PODEMOS VER CLARAMENTE COM OS OLHOS E, TÃO POUCO COM O CORAÇÃO, POIS O QUE É VERDADEIRAMENTE IMPORTANTE E ESSENCIAL É INVISÍVEL". (Marcus Vinicius).

A Graça e Paz de Deus seja com vocês!

No Amor do Mestre Jesus!